A Brigada Vítor Jara nasceu há 50 anos, um ano depois da Revolução de Abril, um ano antes da Festa do Avante!. De uma herdou o nome e a intenção, na outra encontrou o seu público essencial, logo naqueles primeiros tempos em que os palcos da Festa revelavam a Portugal o mapa-múndi da música. O reportório inicial era o da música da História — cancioneiro português e estrangeiro em partes iguais, das canções do nosso Grupo Outubro aos cantos republicanos da Guerra Civil de Espanha. Logo a seguir viriam os cantares do povo português, matéria-prima para a construção de uma identidade que já vinha sendo divulgada por Michel Giacometti e trabalhada por Lopes-Graça, José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, entre outros. E em tais cantares permanecemos. Durante muitos anos, cantou-se e tocou-se nos muitos lugares em que houvesse um ouvido receptivo, nas tantas aldeias de Portugal, nos comícios do PCP, nas Conferências da Reforma Agrária, em palcos de Canto Livre e noutros mais arrumados. Para celebrar os 50 anos, a Brigada dá um espectáculo especial na Festa do Avante! com o Segue-me à Capela, um colectivo de sete mulheres que trabalha a música tradicional portuguesa numa perspectiva contemporânea, usando a voz como principal instrumento.
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