Organizações Regionais

O País que resiste e luta

Muito procurados pelos visitantes da Festa, os espaços das organizações regionais do Partido têm o que de melhor se faz em Portugal ao nível da gastronomia e da cultura – e, claro, das lutas travadas pelos trabalhadores e pelo povo contra a «austeridade» imposta pelas troikas nacional e estrangeira ao serviço dos interesses do grande capital. Atenção: os pavilhões mudaram de sítio.

Este ano, Lisboa traz como temas centrais o 90.º aniversário do PCP e as lutas dos trabalhadores e das populações em defesa dos seus direitos e aspirações, não esquecendo a importância da corrente artística representada pelo neo-realismo nos 100 do nascimento de Alves Redol e Manuel da Fonseca. Destaque ainda para a nova edição do Caderno Vermelho, cujos temas estão profundamente relacionados com os problemas actuais e as lutas que os trabalhadores desenvolvem contra a política de direita, agora protagonizada pelo Governo PSD/CDS em estreita aliança com o Presidente da República.

A 8.ª Assembleia da Organização Regional de Setúbal do PCP, realizada em Abril, estará em primeiro plano no espaço desta organização, pelo representou de envolvimento do colectivo partidário, de discussão e reforço do próprio Partido. Para além desta questão, estará presente na decoração do espaço as questões da produção nacional. O PCP defende uma estratégia integrada para a melhoria da qualidade de vida na região, consubstanciada num plano de desenvolvimento económico, social e cultural, que dê prioridade à actividade produtiva, nomeadamente a indústria e a produção nacional de base regional.

Os 90 anos de intervenção do PCP no distrito do Porto dão o mote para o conteúdo político deste espaço, onde uma exposição destacará precisamente os momentos altos destas nove décadas de luta que, neste momento, é importante recordar sempre com os olhos postos no futuro. A luta dos trabalhadores e do povo contra a agressão FMI/BCE/UE não deixará de ter uma forte presença.

O espaço do Alentejo, que reúne as organizações de Beja, Évora, Portalegre e Litoral Alentejano, será dedicado ao aniversário do Partido e à afirmação da necessidade da produção nacional, nomeadamente naquela região, outrora o «celeiro» do País. Os 35 anos das primeiras eleições autárquicas também serão evocados.

Este ano renovado com a introdução de um espaço próprio de animação, o espaço de Braga evocará a luta dos comunistas contra as injustiças e a exploração e por uma vida melhor, que se trava também no Baixo Minho. Aí será reafirmada a exigência de um plano de emergência para o distrito. Em Santarém, a exposição dará destaque às lutas sociais do distrito com particular atenção para o desenvolvimento da luta de massas em torno da defesa dos serviços públicos, contra a implementação de portagens na A23 e pela defesa do emprego. O espaço do Algarve será dedicado à exigência de um novo rumo para a região, sendo a exposição subordinada ao Partido, a situação económica e social e as lutas na região.

Norte, Sul e Ilhas

As lutas dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo contra os despedimentos e pela viabilização da empresa será o tema da exposição do espaço de Viana do Castelo, enquanto que Aveiro destaca não só a luta dos trabalhadores mas também, a propósito dos 90 anos do PCP o percurso de destacados dirigentes e militantes comunistas que tiveram ligação ao distrito.

Guarda e Castelo Branco, uma vez mais juntas, darão a conhecer os problemas e potencialidades de ambos os distritos e as propostas do PCP. Leiria trará, para além de uma exposição de peças em vidro evocativa dos 90 anos do PCP, as consequências para a região da política de direita e as propostas dos comunistas para as combater. De Coimbra virão as lutas dos trabalhadores e das populações da região, o aniversário do PCP e o novo Centro de Trabalho regional, recentemente inaugurado.

Bragança terá duas exposições, uma sobre a actividade e propostas do Partido na região e outra, de índole cultural, que tem como lema A palavra, o Escritor e o Território. Vila Real e Viseu não deixarão de destacar a desertificação e as lutas dos agricultores, enquanto que a Madeira e os Açores somarão à denúncia da situação política e à valorização da luta e proposta do PCP as eleições regionais.

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