A Barraca apresenta-se este ano no Avanteatro com O Príncipe de Spandau, um texto que Hélder Mateus da Costa escreveu em 1897 sobre os delírios de Rudolf Hess entre a sua condenação no Tribunal de Nuremberga e a morte na prisão de Spandau. A reposição da peça em 2025 ocorre num momento que, nas palavras de Maria do Céu Guerra, “exige dos artistas e dos autores que foram capazes de entregar a sua tranquilidade pela paz e pela liberdade de todos, o façam mais uma vez.” A peça conta com a interpretação de Gil Filipe. 
Duração: 90 minutos
Classificação: >12

Ficha artística:
Texto: Hélder Mateus da Costa
Interpretação: Gil Filipe
Encenação: A Barraca
Assistentes: Érica Galiza, Manuel Petiz, Maria Baltazar, Vasco Lello
Cenário e Figurinos: A Barraca
Montagem: Sérgio Moras
Costureira: Elza Ferreira
Desenho de Luz: Gil Filipe e Vasco Lello
Sonoplastia: A Barraca
Operação de Luz e Som: Maria Baltazar e Vasco Lello
Cartaz: Luís Henriques
Fotografias: Adrian Roseiro e Vasco Lello
Produção: Inês Costa, Rita Lello
Grafismo: Inês Costa
Bilheteira: Manuel Petiz
Frente de sala: Érica Galiza
Higienização: Sona Dabó

O Príncipe de Spandau é uma ficção provocatória sobre a vida de Rudolph Hess desde a condenação no Tribunal de Nuremberga até à sua morte/suicídio. Escrita em 1987, a peça revelou-se premonitória contra as tendências racistas, ódios contra imigrantes e refugiados, despotismo e extremismos políticos hoje, infelizmente, mais vivos que nunca. O número dois do III Reich - imagina-se no Quartel-General de Spandau de onde, em representação de Hitler. Na sua loucura dirige a política mundial, envia telegramas para ditadores, chefes militares e polícias de todo o mundo. Imagina-se um príncipe encantado com visões apocalípticas sobre o regresso do Führer e a sua vitória definitiva. Quando o fim se aproxima, encara a morte como o prenúncio de uma Nova Era em que o nazismo renascerá das cinzas. - A Barraca