António Vitorino de Almeida (1940 -)

António Vitorino de Almeida, o “Maestro”, assim lhe chama o povo. Forma de tratamento que mistura a respeitabilidade com o olhar ternurento. No entanto, reger orquestras sinfónicas foi coisa que raramente fez e para a qual nunca teve especial vocação. Tem sido fundamentalmente compositor, pianista, escritor e um digno vulgarizador da arte musical, no mais nobre e etimológico sentido do termo, ou seja o de alguém que leva algo até junto do vulgo, socorrendo-se para tal, neste particular, da televisão como poderoso meio de comunicação de massas que é.

Igor Stravinsky (1882-1971)

Igor Stravinsky, nascido na Rússia filho de um dos mais destacados cantores da companhia de ópera do Teatro Mariinsky (S.Petersburgo), cresceu num ambiente em que a música sempre teve forte presença. Estudou com Rimsky-Korsakov que muito influenciou a sua primeira fase criativa. A sua formação como compositor faz-se sob a égide de algumas grandes figuras da música russa que o antecederam (Tchaikovsky, Borodin, Glazunov). Porém, mais tarde irá adquirir nacionalidade francesa e americana, tornando-se um artista universal, autor de extensa e muito variada obra.

Modest Mussorgsky (1839-1881)

Modest Mussorgsky viu desde muito cedo seu pai, um proprietário rural, orientar a sua formação tendo em vista uma carreira militar. Aos 13 anos entrou para a Escola de Cadetes de S. Petersburgo. No entanto, a sua mãe, uma talentosa pianista, tivera a preocupação de o familiarizar com a arte dos sons, ensinando-o a tocar piano. Por outro lado, na sua actividade militar teve a sorte de entrar para a Guarda Preobrazhensky, um dos mais aristocráticos regimentos do exército russo.

Johannes Brahms (1833-1897)

Johannes Brahms, compositor alemão, foi autor de alguns cumes estéticos da história da arte musical, como o 2º Concerto para Piano e Orquestra ou a 4ª Sinfonia. Em pleno Romantismo, Brahms perfilou-se como fiel representante da grande tradição Clássica criada por Haydn, Mozart e Beethoven, tornando-se na opinião de muitos especialistas o grande mestre do estilo sinfónico na segunda metade do século XIX.

Sergey Rachmaninov (1873-1943)

Sergey Rachmaninov (refira-se, como muitas vezes acontece com a transcrição de nomes russos, há variantes; neste caso, é frequente ver-se escrito também Rachmaninoff ou Rakmaninov), vivendo a maior parte da sua vida num século de vanguardas e rupturas, teve o atrevimento de se assumir como último representante da grande tradição romântica, e triunfou. Tal como Liszt no séc.XIX, ele foi indiscutivelmente o mais notável pianista-compositor da sua geração.

Aaron Copland (1900-1990)

Aaron Copland começou por estudar com Goldmark em Nova Iorque, mas depois esteve um longo período em Paris, trabalhando com a grande N.Boulanger que lhe deu a conhecer a música de Stravinsky, causando-lhe profundo efeito. Mas ao regressar aos EUA, seu país natal, Copland vai assumir a sua independência e maturidade artística tornando-se um compositor genuinamente americano. Mais ainda: ele vai ser um dos grandes protagonistas da criação e consolidação de uma música erudita estado-unidense.

Manuel de Falla (1876-1946)

Manuel de Falla foi, conjuntamente com Albéniz e Granados, um dos primeiros compositores espanhóis a adquirir notoriedade internacional. Para isso foi determinante a sua ida para Paris no ano de 1907 onde passou a conviver com algumas das figuras cimeiras do mundo musical e até artístico em geral: Claude Debussy, Maurice Ravel, Paul Dukas, Igor Stravinsky e até o seu conterrâneo Albéniz. Todos eles influíram, de uma ou outra forma, no desenvolvimento do seu estilo enraizado num tipo de canção andaluza antiga, o cante jondo.

Ralph Vaughan Williams (1872-1958)

Ralph Vaughan Williams é um dos mais destacados compositores ingleses do século XX. Depois de ter efectuado a sua formação em Inglaterra, nomeadamente na Univ. de Cambridge, recebeu lições de Bruch em Berlim (1897) e de Ravel em Paris (1908). Uma experiência pedagógica e intelectual que se revelou absolutamente decisiva. Embora já tivesse obtido sucesso no seu país com algumas canções, é na verdade só depois do contacto com essas duas grandes figuras que Williams se lança na criação de obras sinfónicas de grande dimensão, adquirindo uma autoconfiança que antes não possuía.

George Gershwin (1898-1937)

George Gershwin, embora tivesse sido essencialmente um autodidacta, tal não impediu que se tivesse tornado, com toda a propriedade, um dos principais compositores norte-americanos, reconhecido pela musicologia internacional. Nascido em Brooklyn, Gershwin começou por ser um excelente pianista com forte ligação ao universo do jazz. A sua arte pianística está, para nossa felicidade, amplamente preservada através de registos discográficos.

Rimsky-Korsakov (1844-1908)

Nikolay Andreyevich Rimsky-Korsakov parecia vocacionado para a carreira de oficial da marinha russa, tendo recebido formação nesse sentido. À música ligava-o tão só um fascínio palas orquestras que escutava nos teatros de ópera e o gosto pelas composições de Glinka. Embora tivesse estudado piano, não possuía formação suficientemente sólida que lhe permitisse enveredar por uma carreira musical. Porém, tudo se alterou quando por volta dos seus 17 anos conheceu o compositor, pianista e professor Balakirev.