Wraygunn

Música

Wraygunn

Fundados em 1999 por Paulo Furtado, os Wraygunn editaram três álbuns que marcaram a primeira década deste século, entre 2001 e 2007.

“Soul Jam” (2001), o seu primeiro longa-duração, apresenta um som único entre nós, alicerçado no Rock’n’Roll mas carregado de referências de música negra, nomeadamente Soul, Funk e Hip Hop.

“Eclesiastes 1.11” (2004) apresenta algumas alterações no line-up da banda que se virão a revelar decisivas. Recheado de grandes canções, marca a chegada aos Wraygunn de Selma Uamusse, aprofunda a relação da banda com os elementos chave da cultura negra norte-americana, desta vez o Gospel e os Blues, cruzados com mestria com o músculo do melhor Rock’n’Roll, e abre-lhes as portas do mercado francês com vendas superiores a 10 mil unidades e o apoio entusiástico da critica gaulesa estando entre os melhores discos do ano para publicações de referência como a Inrockuptibles ou a Rock & Folk.

“Shangri-La”, o seu terceiro álbum, chega às lojas em 2007, consolidando os Wraygunn como uma das mais importantes bandas nacionais da sua geração. Unanimemente considerado o melhor disco desse ano pela crítica nacional, “Shangri-La” está mais uma vez impregnado de Soul e Funk, mas está também inundado de electrónica analógica e de muito groove disco, sem nunca deixar de ser fiel à forte personalidade da banda, herdeira do mais irreverente e iconoclasta Rock’n’Roll e mostra-nos uns Wraygunn ao nível do melhor que se faz em qualquer parte do mundo, como confirma o estatuto de cabeça de cartaz que conquista em território francês.

2012 marca o regresso dos Wraygunn aos discos, depois de um intervalo maior do que o habitual, devido ao facto de Paulo Furtado ter estado a trabalhar na obra-prima de Legendary Tigerman: “Femina”.

Produzido por Nelson Carvalho e Paulo Furtado, “L’Art Brut” retoma o caminho dos anteriores discos dos Wraygunn: a constante renovação do legado do Rock’n’Roll através da exploração da sua relação com a mais profunda música negra norte-americana, numa atitude que, sem nunca ser revivalista, bebe no passado para apontar o futuro, e da qual resulta um som próprio embora universal, intemporal e perfeitamente identificável.

“Don’t You Wanna Dance” é o primeiro single a ser extraído de “L’Art Brut”. Uma canção deliciosa de um grupo que nunca desistiu de deixar a sua marca na última década da mais moderna e esclarecida música feita em Portugal.

Wraygunn
8, Sábado